Vamos falar Sexualidade na terceira idade?
Este post surgiu depois que assisti o filme Do jeito que elas querem (Book Club). Um longa que fala sobre quatro divertidas amigas, todas com
mais de 60 anos, que se encontram mensalmente para discutir sobre um livro proposto
por uma delas. Mas quando a leitura proposta é do livro 50 Tons de Cinza, apesar do
preconceito que surge com o Best Seller,
elas começam a leitura e a vida sexual e amorosa de cada uma dela começa a
mudar.
As personagens nos mostram de uma maneira engraçada, que
existe vida sexual na terceira idade e o quanto o sexo é subestimado nesta fase
da vida.
O filme ajuda a quebrar o tabu do sexo na terceira idade,
da mulher assexuada, do estereótipo de que só há sexualidade ativa quando se
tem corpo jovem e com determinado padrão de beleza. É uma comédia romântica e
leve que tem como tema sexo, amizade e diversão.
Mas o que me fez vir escrever sobre isto, foi que apesar de
ser um filme “água com açúcar”, me chamou atenção o público que estava assistindo.
Na sua maioria mulheres na terceira idade e alguns poucos casais formados por
adultos maduros. A temática do filme gerou curiosidade ou identificação?
Assistir um filme que tem a sexualidade na terceira idade
como tema de fundo de uma comédia, pode ser uma certa forma uma transgressão.
De mostrar que as pessoas mais velhas também se interessam pelo tema.
Ouvi um comentário de uma jovem sobre o beijo entre os atores envelhecidos: “Nossa! Velho beija estranho, parece que não tem lábio, que não beijam de verdade”, reforçando a ideia de que apenas o corpo jovem beija de verdade, que é erótico, que seduz.
Ouvi um comentário de uma jovem sobre o beijo entre os atores envelhecidos: “Nossa! Velho beija estranho, parece que não tem lábio, que não beijam de verdade”, reforçando a ideia de que apenas o corpo jovem beija de verdade, que é erótico, que seduz.
Me lembrei da célebre frase de Adélia Prado: Erótica é a
alma!
O corpo é apenas um instrumento que enquanto há vida, pode
ser usufruído com todo o seu potencial.
A depender de como se enfrenta a velhice, o sexo pode ser
libertador e prazeroso, bastando para isso descobrir novos horizontes, sem se
cobrar o desempenho de quando era jovem e podendo usufruir dos avanços da
medicina e de técnicas de terapia sexual que juntos melhoram muito a qualidade
de vida após os 60 anos. Sexualidade na terceira idade, deve ser encarada como
algo natural, saudável e uma necessidade básica de todo ser humano.
Concorda? Vamos falar sobre intimidades!
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