Vamos falar sobre Educação Sexual?
Primeiramente se faz necessário
deixar claro que projetos de educação sexual não estimulam a sexualidade
precoce, como muitos acreditam.
Os pais são os primeiros
educadores sexuais, quando desde cedo dão a direção a seus filhos de como é ser
homem ou mulher. A medida em que as crianças vão crescendo, as dúvidas vão
surgindo e a família precisa estar preparada para responde-las de forma aberta
e sem preconceitos, para que os filhos se sintam acolhidos e respeitados. Um
jovem acolhido se torna mais seguro.
O tabu sobre o sexo se renova a cada
dia e isto impede a abertura de um diálogo franco e saudável sobre o assunto.
Uma grande questão é que os pais, por princípios e valores variados, não falam
com seus filhos e ainda, quando questionados sobre suas dúvidas, que são
saudáveis e naturais, se esquivam da responsabilidade de responde-las.
Muitas vezes a escola assume, ou
tenta assumir esta responsabilidade de educar a criança ou o adolescente, porém
enfrenta muitos fatores que a impedem de implantar um programa de Educação
Sexual, como formação adequada do docente, resistência da comunidade escolar e civil e a
própria família.
Vale chamar a atenção que os
jovens vão aprender de qualquer maneira. E se não encontram esclarecimentos para
as suas dúvidas dentro da sua família ou na escola, irão aprender da forma menos
adequada. É preciso ensiná-los a perceber riscos, minimizá-los, para que lidem
melhor com seu corpo e saibam tomar decisões seguras.
Estudos realizados nos Estados
Unidos indicam que jovens que participam de aulas de Educação Sexual, atrasam
sua primeira experiência sexual e a probabilidade de uso de preservativo e anticoncepcionais,
passando a ter suas primeiras relações mais tardiamente e de maneira muito mais
segura.
Dados da Unesco também confirmam
que a educação sobre sexualidade pode levar a um comportamento sexual mais
responsável e tardio.
A Pesquisa Nacional de Saúde
Escolar (2015), constatou que 27,5% dos alunos do 9º ano fundamental, que
corresponde a 60.973 alunos, já tiveram experiência sexual. Vale ressaltar que
o índice não fica muito distante entre escolas públicas e particulares. 9% das
meninas que iniciaram a vida sexual, já engravidaram alguma vez. Estamos
falando de jovens na faixa etária dos 13/14 anos! São dados consideráveis que
corroboram para a importância de tratar o assunto com atenção.
A educação sexual fala do corpo,
de amor, de prazer, afeto, relacionamento, sobre desenvolvimento humano. É
preciso saber lidar com isto da maneira mais saudável, se prevenindo de doenças,
gravidez precoce ou não planejada, identificar abusos, entender sobre
orientação sexual, evitando a obtenção de informações incorretas, problemas
emocionais por conta de falta de instrução e de afeto.
Porque problematizar algo que é
natural? Porque levar como algo errado, sujo e feio? Se para você, falar sobre sexualidade
te causa alguma sensação ruim, desconfortável, estranha, possivelmente não passou
por boas experiências em algum momento da sua vida, ou foi ensinado que quem “fala
disso” são pessoas promíscuas. E por que? Por falta de informação!
Vamos falar de intimidades?
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