Vamos falar Sexualidade na terceira idade?


Este post surgiu depois que assisti o filme  Do jeito que elas querem  (Book Club). Um longa que fala sobre quatro divertidas amigas, todas com mais de 60 anos, que se encontram mensalmente para discutir sobre um livro proposto por uma delas. Mas quando a leitura proposta é do livro 50 Tons de Cinza, apesar do preconceito que surge com o Best Seller, elas começam a leitura e a vida sexual e amorosa de cada uma dela começa a mudar.
Uma empresária de sucesso que não se envolve afetivamente, uma juíza renomada que está separada há 18 anos e desde então não teve nenhum tipo de relação com outro homem, uma viúva com duas filhas adultas que a tratam como uma incapaz, e uma chefe de cozinha, casada há anos, que ao ler o livro começa a perceber que sua vida sexual estava desinteressante.
As personagens nos mostram de uma maneira engraçada, que existe vida sexual na terceira idade e o quanto o sexo é subestimado nesta fase da vida.
O filme ajuda a quebrar o tabu do sexo na terceira idade, da mulher assexuada, do estereótipo de que só há sexualidade ativa quando se tem corpo jovem e com determinado padrão de beleza. É uma comédia romântica e leve que tem como tema sexo, amizade e diversão.

Mas o que me fez vir escrever sobre isto, foi que apesar de ser um filme “água com açúcar”, me chamou atenção o público que estava assistindo. Na sua maioria mulheres na terceira idade e alguns poucos casais formados por adultos maduros. A temática do filme gerou curiosidade ou identificação?
Assistir um filme que tem a sexualidade na terceira idade como tema de fundo de uma comédia, pode ser uma certa forma uma transgressão. De mostrar que as pessoas mais velhas também se interessam pelo tema.
Ouvi um comentário de uma jovem sobre o beijo entre os atores envelhecidos: “Nossa! Velho beija estranho, parece que não tem lábio, que não beijam de verdade”, reforçando a ideia de que apenas o corpo jovem beija de verdade, que é erótico, que seduz.
Me lembrei da célebre frase de Adélia Prado: Erótica é a alma!
O corpo é apenas um instrumento que enquanto há vida, pode ser usufruído com todo o seu potencial.
A depender de como se enfrenta a velhice, o sexo pode ser libertador e prazeroso, bastando para isso descobrir novos horizontes, sem se cobrar o desempenho de quando era jovem e podendo usufruir dos avanços da medicina e de técnicas de terapia sexual que juntos melhoram muito a qualidade de vida após os 60 anos. Sexualidade na terceira idade, deve ser encarada como algo natural, saudável e uma necessidade básica de todo ser humano.
Concorda? Vamos falar sobre intimidades!

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