Vamos falar sobre desejo?
“A gente não quer só
comer
A gente quer comer e quer fazer amor
A gente não quer só comer
A gente quer prazer pra aliviar a dor..
A gente quer comer e quer fazer amor
A gente não quer só comer
A gente quer prazer pra aliviar a dor..
Desejo, necessidade,
vontade
Necessidade, desejo, eh!
Necessidade, vontade, eh!
Necessidade...”
Necessidade, desejo, eh!
Necessidade, vontade, eh!
Necessidade...”
(Titãs)
Ah o desejo! Mas o que é isto que nos impulsiona, nos
motiva a buscar algo, a sonhar e ir em busca da realização?
O desejo vai além da esfera
sexual, mas em se tratando deste campo, ele é o primeiro passo para que haja a
excitação e daí chegar completude de uma relação sexual. Ele pressupõe a
existência de pensamentos e fantasias. É um processo mental, mas que vai levar
a respostas fisiológicas.
No caso de algumas mulheres ele
funciona de uma maneira bem peculiar. Raramente ele surge espontaneamente antes
de uma relação, ou seja, ele precisa ser estimulado. Apenas 15% das mulheres
tem o desejo espontâneo, as demais precisam ser estimuladas, pois apresentam o
chamado desejo responsivo, que por conta disso, tem um interesse diminuído por
sexo e tomam pouca iniciativa, o que não quer dizer que não gostem de sexo e
que não curtam depois que começam. É como se precisassem ligar um botãozinho
para esquentar.
Está explicado aí, porque as
mulheres precisam das famosas “preliminares”, pois precisam estar ligadas
intimamente ao parceiro para ter excitação.
Mas o desejo hipoativo, ou seja,
a ausência de desejo pode ser uma disfunção provocada por estresse,
experiências sexuais negativas, crenças religiosas, culturais, educação conservadora,
parceiro insatisfatório, medo, cobranças sociais, maternidade, etc.
As mulheres precisam enxergar que sexualidade delas funciona diferente da do homem. Não são anormais
por não ter interesse em sexo o tempo todo ou por não tomarem a iniciativa. O
desejo responsivo não é anomalia e não é problema.
Se pensamos que sexo não é bom,
se vivemos atolados em problemas e só pensamos neles, não colocamos a
sexualidade como algo que faz parte da nossa saúde psíquica, não teremos vontade
de praticar sexo.
Nosso cérebro funciona à base de
recompensas, se é algo bom, vamos ter vontade e querer mais, mas se não é
importante e bom ele vai inibir esta vontade.
O desejo não é uma constante, não
vivemos com tesão, sentimos tesão.
Se seu desejo está suprimido, sua
vida sexual anda totalmente parada, investigue sua rotina, sua relação, como
anda a sua vida. Busque ajuda de um ginecologista no caso das mulheres, ou um
urologista no caso dos homens, para descartar problemas de saúde física ou um
psicólogo para cuidar das questões emocionais e comportamentais.
Como disse Roberto Freire: “Sem
tesão não há solução!”
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